Esporte News Mundo
·24. April 2025
Renato Paiva fala sobre a fase do Botafogo após nova derrota e lamenta ´Fase muito estranha´

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·24. April 2025
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O Botafogo enfrentou mais uma derrota na temporada de 2025, desta vez, a equipe foi superada pelo Estudiantes, em duelo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. A derrota ficou marcada por um frango do goleiro John no gol da partida. Ao ser questionado sobre a diferença do time de 2025 para o de 2024, Renato Paiva deu sua opinião e ainda falou sobre as chances criadas no jogo.
— O time (de 2024) já não existe, já é outro. Para além disso, tivemos aos dois minutos uma oportunidade clara. O Artur cabeceia sozinho na área, a bola vai por cima. Na segunda parte, Artur tem uma segunda bola no segundo poste e não faz. Na terceira, a bola do Savarino bate no travessão, no chão e sai. De fato, a questão passa um pouco por isso. Em alguns jogos criamos mais, em outros menos. Hoje era um jogo em um campo muito difícil, um adversário que já tinha perdido em casa e jogava praticamente uma final. Jogamos o jogo de forma estratégica, até começou bem para nós, tivemos oportunidades a nosso favor e a bola não entrou. A partir daí, obviamente, o Estudiantes jogando em casa foi tendo mais bola. Nós, em um bloco médio que muitas vezes foi para baixo. Não lembro de John ter feito grandes defesas no primeiro tempo. Alguns escanteios, mas nada de perigoso. Depois, em um lance infeliz, sofremos o gol — disse o português.
Ainda falando sobre a fase do Alvinegro, Paiva acrescentou:
— Quem acompanha nossos jogos percebe a fase que estamos passando. Quando criamos, não fazemos. E depois, em erros básicos, acabamos perdendo jogos. Esse é o terceiro jogo que perdemos por 1 a 0 com gols que são erros claros, e obviamente têm que se corrigir. No funcionamento coletivo da equipe, hoje, não gostei dos momentos defensivos, afundamos demais o bloco quando não era essa a intenção, não conseguimos sair para a pressão, que era o que queríamos. Nas oportunidades de transição, não conseguimos sair com efetividade. Na bola mais flagrante, bateu no travessão, no chão e não entrou. Sou treinador, sou responsável, mas de fato é uma fase muito estranha o que está acontecendo. Nossas oportunidades que são claras não entram, e as dos adversários que às vezes nem claras são acabam entrando e nos penalizando bastante.
— Sempre respondo o mesmo no México, em Portugal, no Equador e aqui: a justiça é quando a bola entra no gol adversário mais vezes que no outro. Depois, o processo é para o treinador passar a seus jogadores, as análises, o rendimento da equipe, como jogamos, como perdemos, como ganhamos… Esse é o processo. Mas no final se ganha quando a bola entra no gol, e hoje entrou uma vez no nosso e não entrou no deles. Depois pode fazer uma leitura da posse de bola maior para o Estudiantes, mas possivelmente oportunidades claras de gol, por mais incrível que seja, foi maior de nossa parte. Mas para mim a justiça é sempre do resultado.
— As diferenças são grandes. No México você joga um futebol mais aberto, há uma busca pelo gol do adversário, é a ideia principal. Muitas vezes as partidas não estão tão intensas e não é tão tático como no Brasil. Apesar da qualidade dos jogadores que há no México, mas é um campeonato um pouco mais aberto. E tem essa curiosidade que jogam em playoffs, e não uma temporada seguida. Tem a classificatória e depois os playoffs, e ali muda muito. Muitas vezes o sétimo e o oitavo da primeira fase saem campeões, foi o que aconteceu com o América-MEX. Então é um campeonato muito diferente.