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Zerozero

·22 December 2024

4º lugar no sapatinho

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O Santa Clara ainda aguentou a expulsão madrugadora ao longo da 1ª parte, mas desmoronou-se na 2ª parte com uma arrancada de Bruma - que viria a bisar - e tudo mudou. O SC Braga acabou a vencer, nos Açores, por 0-2 e saltou para o 4º lugar, onde passará o Natal.

Estava em jogo o 4º lugar neste final de ano civil. Do lado açoriano, Vasco Matos promovia cinco alterações face ao jogo a meio da semana com o Sporting. Do outro lado, por sua vez, Carlos Carvalhal promovia o regresso à titularidade do capitão Ricardo Horta e ainda a aposta em Yuri Ribeiro, na esquerda.


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Vermelho não para, mas abranda

Jogando em casa - com boa moldura humana nas bancadas -, o Santa Clara não se apequenou e arrancou o jogo a pressionar bastante alto, o que criou dificuldades ao SC Braga na saída a jogar a partir de trás. A estratégia resultou e os Bravos Açorianos conseguiram criar algum perigo, tanto na transição, como em recuperação em zona adiantada, mas foi difícil continuar a pressionar tão alto e o SC Braga começou a tranquilizar, com mais bola.

Contudo, nada fazia esperar uma mudança tão brusca quando, aos 22', no espaço de 10 segundos, o ala brasileiro Lucas Soares viu dois amarelos, e consequente vermelho, por palavras dirigidas ao árbitro Tiago Martins, deixando a sua equipa reduzida a 10 elementos.

Esperava-se que, com isto, o SC Braga começasse a mandar na partida e os Gverreiros até passaram a controlar por completo a posse de bola. No entanto, o ataque ia sendo algo previsível - salvo algumas diagonais de Roger Fernandes e Bruma, os mais ativos - e estava difícil penetrar na boa organização açoriana. Do outro lado, o Santa Clara não se acanhava, mesmo com menos bola, criando alguns sustos na transição, especialmente por Gabriel Silva.

Bruma, o abre latas

Pedia-se mais do SC Braga e Carlos Carvalhal colocou, ao intervalo, João Moutinho em campo para dar um pouco mais de cérebro na construção no meio campo adversário. Do outro lado, o Santa Clara parecia voltar dos balneários mais preocupado na coesão defensiva e menos na transição e isso permitiu aos bracarenses ir tendo bola confortavelmente no meio campo adversário.

O golo inaugural, no entanto, surge de uma infelicidade açoriana, quando, aos 51', um corte defeituoso de um médio do Santa Clara isolou Bruma entre os centrais e este arrancou por aí fora e só parou para celebrar o 0-1. Isto desmoronou a estratégia do Santa Clara e percebeu-se que a equipa ficou algo desconfortável, uma vez em desvantagem numérica e, agora, no marcador. O SC Braga controlava a posse de bola e o ritmo de jogo.

Aos 72', num lance aparentemente inofensivo, Sidney Lima fez falta, na área, sobre Bruma, e o extremo assumiu a cobrança. Numa primeira instância, Gabriel Batista levou a melhor e defendeu o penálti, mas o árbitro mandou repetir - porque o guardião saiu da linha antes do tempo - e, aí, Bruma já marcou mesmo e fez o 0-2.

O Santa Clara até reagiu na ponta final, assumiu os riscos da desvantagem numérica e balanceou-se para a frente, criando perigo, especialmente nas bolas paradas. No entanto, aí surgiu sempre um muro de seu nome Matheus Magalhães a travar as várias investidas e o SC Braga venceria mesmo, subindo ao 4º lugar.

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