Analista aponta caminho para o Flamengo vencer o Central Córdoba | OneFootball

A noite é de Copa Libertadores nesta quarta-feira (9), às 21h30 (horário de Brasília), e o Mengão recebe o Central Córdoba. Mas poucos sabem como joga o time campeão da Copa da Argentina que faz sua estreia na competição continental.

Por isso, o analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, analisa a equipe de Omar de Felippe, apontando as fragilidades do time, que tem uma defesa ruim.

"A defesa é a pior entre os 13 primeiros colocados da Liga Argentina. É aquele time que deixa o adversário jogar", avisa o analista.

Como o Flamengo pode superar o Central Córdoba

O analista explica um pouco da estrutura defensiva, mas avisa que Filipe Luís pode pedir para seus jogadores acharem passes no corredor, no dois contra um, que certamente o Flamengo conseguirá criar jogadas de perigo.

"O meia Iván Gómez, mais meia do que volante, o outro meia, volante Florentín, e os dois pontas alinhados ao primeiro volante. Em bloco baixo, o time marca no 4-3-2-1. Quando avança mais, a estrutura é de 4-1-4-1. O Flamengo pode achar esse dois contra um, fazendo o passe rápido no corredor lateral para gerar superioridade numérica no lado do campo", explica.

Luis Angulo, principal jogador do Central Córdoba, é o calcanhar de Aquiles da equipe defendendo.

"O Angulo é um jogador que cede espaço às costas e tem pouco senso de urgência. Ele avança muito e demora para abaixar. Jogar nas costas dele pode ser bom para o Flamengo", mostra.

Além disso, o corredor central também está sempre desprotegido.

"Essa defesa ruim no corredor central explica a quantidade de gols sofridos. Esse time defende mal a frente da área por conta do Angulo demorar para baixar", diz.

Isso faz com que a última linha afunde demais na área, gerando espaços para os jogadores do Mengão que chegam de trás.

"Time deixa a janela de passes abertas, deixando o corredor central bem na frente da área, vulnerável. Quando a bola entra no corredor central, a tendência da última linha é afundar muito para defender a área. Fica espaço para o passe de retorno do ataque do Flamengo, mais atrás, na entrada da área", conclui.

Como joga o Central Córdoba? Entenda dinâmicas de ataque

Ofensivamente, "o esquema básico é o 4-3-3. Mas também existe a possibilidade de vermos esse time com linha de cinco, sim", conforme avisa Raphael. O destaque fica para o lado direito.

"A estrutura de construção. Os dois zagueiros, o Galván, volante, mais fixo, e ele avança mais o Iván Gómez. Muitas vezes o Florentín se junta a ele para ter um duplo pivô. Jogam muito bem pelo corredor do lado direito, toca direito, tem confiança para driblar, tem uma dinâmica legal de construção", explica sobre a saída de bola.

Pelo outro lado, Angulo é a principal arma.

"O Cufré é o lateral-esquerdo, e o Angulo, que é o ponta, trabalha bem mais por dentro, como segundo atacante. Até mais avançado do que o Léo Heredia. O Perelló é o ponta-direita, mas tem muitas características de meia e vem para dentro para dar o corredor para o Moyano. Os dois laterais avançam ao mesmo tempo", detalha.

Angulo começa a aparecer por se projetar bem aberto, esperando bolas em velocidade.

"Time se estrutura bem para construir e ataca de forma bastante fluida. O Angulo dá amplitude, trabalha um contra um. Do outro lado, muita gente para jogar. É um time que coloca muita gente para atacar a última linha do adversário. Talvez, no Maracanã, seja mais conservador", comenta.

O que deve acontecer muito, segundo o analista, é a briga por primeira e segunda bola.

"Esse time também sabe jogar o jogo de força, bola longa, pivô, duelo aéreo. O Heredia vai brigar também, e ele vence esses duelos. O Flamengo vai ter que disputar muito a segunda bola. Vai ser uma guerra boa de primeira e segunda bola", explica.

Por fim, as jogadas de facão são as mais perigosas do time argentino.

"Quando o Perelló faz a ponta-esquerda no lugar do Angulo, ele faz muito facão. Ele tem um facão bem apurado, e se o Flamengo deixar essa bola descoberta, o Heredia baixa, liberta espaço nas costas, o Perelló faz o facão e pode ser uma jogada perigosa", finaliza. Veja a análise completa abaixo.

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