André Villas-Boas: “Contem com o FC Porto” | OneFootball

Na edição mais recente da Dragões, agora acessível em formato digital, André Villas-Boas analisa os altos e baixos de “mais um mês cheio de eventos significativos”, começando por “destacar o êxito alcançado com o empréstimo obrigacionista”, que “atingiu quase 60 milhões de euros”, demonstrando que “é viável reconquistar a confiança do mercado com uma gestão financeira rigorosa e um controlo de gestão eficaz”.

A adesão massiva dos subscritores, muitos dos quais “portistas particulares”, é “um sinal evidente do envolvimento dos sócios e simpatizantes na construção do futuro do FC Porto”, permitindo “priorizar algo que é sagrado”: “Continuar a ser um clube de excelência, de propriedade dos seus sócios, e não cair nas mãos de terceiros, cujo amor pelo FC Porto nunca será igual ao nosso”.

Depois da conquista da Taça de Portugal de basquetebol, o presidente aproveita o editorial para recordar essa vitória “sem espinhas e com todo o brilho”, que serviu como “uma manifestação significativa da vitalidade” do clube e que ainda realçou o trabalho de Fernando Sá, “uma pessoa cuja maneira de ser, de treinar e de interagir com os sócios e simpatizantes exemplifica os valores do portismo”, e de Miguel Queiroz, um atleta que “une a voz ao público que enche os estádios, é trabalhador, exigente consigo mesmo, lutador, vive para o grupo e está intensamente envolvido com o clube”.

Ao ler a entrevista de Rodrigo Mora, que é a principal atração do número 460 da publicação, André Villas-Boas sentiu “orgulho e emoção” pela “segurança inabalável” com que o jovem de 17 anos expressou que “o FC Porto representa a união, a perseverança e a paixão pelo clube e pela cidade”. “Estamos aqui para vencer, trabalhamos para isso todos os dias e vamos vencer porque somos Porto”, acrescenta o dirigente, desapontado com “os eventos recentes e lamentáveis que colocaram em evidência a paz podre que o futebol português vive há anos”.

Para evitar problemas maiores, “é vital agir com sensatez e responsabilidade para não manchar ainda mais a reputação do país nas mais altas instâncias do futebol europeu e mundial”, assim como “unir esforços e encurtar distâncias entre instituições para recuperar a posição no ranking no próximo mandato”.

Convicto disso, o presidente do FC Porto critica o “conluio, facilitismo, favoritismo e o sonho de um eldorado em direitos audiovisuais que nunca se concretizará” e levanta uma série de questões: “A quem interessa que continuemos a viver nesta paz podre por mais tempo? A quem interessa, como já mencionei publicamente, um certo desalinhamento entre os três grandes e a contínua adiamento de discussões sobre a centralização dos direitos televisivos, o VAR e outros temas que continuam por resolver? A quem interessa dar um passo atrás na busca pela dignidade, transparência e ética do futebol português? A quem interessa esta vacuidade? A quem interessa? Nós sabemos a resposta. Os nossos rivais e outros situacionistas também a conhecem, mas não lhes interessa.”

“O fado do futebol português não é ser pequeno; temos de avançar. Para esse grande propósito, só para esse, podem contar com o FC Porto”, garante André Villas-Boas no editorial da revista Dragões, já disponível em formato digital.