Com outras propostas, Wendell revela por que escolheu o São Paulo, fala de novela com Porto e diz jogar nas duas laterais | OneFootball

Novo lateral do Tricolor recebeu a camisa número 18 (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

O sonho começou em brincadeiras em um café da manhã na Seleção Brasileira. Chefiando a delegação, o presidente do São Paulo, Julio Casares, tinha a companhia do goleiro Rafael e começou a dar sinais para Wendell.

A brincadeira foi ganhando forma, e nesta quinta-feira (6) o sonho virou realidade. O lateral esquerdo Wendell foi apresentado oficialmente no CT  da Barra Funda como novo reforço do Tricolor, após longa novela com o Porto, seu x-clube.

“A gente começou uma brincadeira no café da manhã, as conversas, estava passando jogo do São Paulo no Campeonato Brasileiro e a gente assistia,o presidente estava ali, o Rafael estava ali, e eu brincava né, o presidente brincou: ‘Pô, tá precisando. Um dia quem sabe, né, um dia quem sabe’”.

“Eu estava no Porto ainda, a gente tinha certo respeito por tudo, e graças a Deus chegou o momento.Como aqui é o Clube da Fé, e eu tenho muita fé em Deus, na hora certa deu certo, sabemos que foi um processo difícil porque tinha um contrato com outra equipe, mas no final deu tudo certo”, explicou o novo lateral tricolor.

Wendell não era pretendido só pelo São Paulo. Tinha propostas de outros clubes, inclusive do Brasil, mas bateu pé com seus empresários de que queria vestir a camisa do Tricolor. E revelou porque tomou essa decisão.

“Teve ligação, sim, [Zubeldía] se mostrou super interessado. Teve ligação com o Rui [Costa], porque foi um cara que me lançou também no passado e agradeço. E teve do presidente tantas vezes”.

“Antes de tudovocê tem que estar num lugar que todo mundo te quer de verdade, seriamente. O treinador, os diretores, até chegar no presidente, sempre mostrou todo esse interesse, sempre teve essa vontade de contar comigo”.

“Então era o clube que mais me mostrou o caminho que eu queria para esse momento, queeu passei um momento difícil nos últimos seis meses e precisava de um clube que todo mundo me quisesse, não que não tivesse outras possibilidades, graças a Deus tinha, mas as coisas do São Paulo pela história, pela grandeza e pelas pessoas que estão fazendo futebol hoje. E pela torcida, claro, que é o mais importante, que comanda o clube todo e que nos dá todo esse apoio”.

“E a Seleção sempre é um objetivo. Conversei com o Lucas, claro, é um cara que eu admiro bastante, uma pessoa que eu tenho um carinho enorme como professor Dorival. E a seleção sempre é um alvo para mim e para a minha carreira. Acho que eu fazendo um bom trabalho aqui, estou mais perto de estar lá, por isso a escolha pelo São Paulo também que é o clube gigante”.

IMPORTÂNCIA DE ZUBELDÍA

“É um treinador que tá fazendo grande trabalho, fez grande trabalho nas equipes que ele passou. Ele viu meus jogos, viu a característica dos meus jogos e vai tentar me adaptar ali na equipe da maneira que ele achar que eu tenho que jogar”.

“Eu tenho que estar preparado para o que ele quer. Acho queo mais importante da conversa que tive com ele foi a vontade dele contar comigo aqui. Então, espero que a vontade dele se transforme na minha vontade agora de ajudar a equipe dele e a ajudar o São Paulo a vencer. E que a gente possa fazer um ano super interessante”.

JOGA NAS DUAS?

“Minha posição é lateral, mas eu tô disposto a ajudar o São Paulo aonde quer que seja. Se for de zagueiro, se for de meia, se for de volante, se for no ataque, se for de goleiro, a gente tá sempre preparado para ajudar o São Paulo a vencer”.

“O mais importante é eu me adaptar o mais rápido possível ao que o professor quer, o que a sua comissão técnica quer, e quero ajudar. Nesses anos de Europa também evolui por jogar em outras posições.Joguei atrás, joguei mais na frente, joguei por dentro, joguei de lateral direito”.

“Então, para mim hoje já não faz tanta diferença. Só quero ajudar a equipe a vencer, só quero ajudar o meu grupo a crescer. Onde precisar de mim, eu vou dar o meu máximo e vou ajudar a equipe da melhor maneira possível”.

CONCORRÊNCIA COM ENZO

“É importante ter sempre jogadores de alto nível no grupo, porque eleva o nível do grupo, eleva o máximo do jogador que está concorrendo com você. O Enzo vem fazendo grandes jogos, começou muito bem, parece que já está aqui há muito tempo”.

“Masisso aumenta o meu nível de competitividade e aumenta o dele também. Acho que se o São Paulo tiver dois laterais direitos, esquerdos, certamente a gente vai estar mais perto de conquistar alguma coisa. Como tem 70 jogos por temporada, tendo dois jogadores, três, até o Patryck também está aí, tendo três, dois jogadores por posições de qualidade, acho que o São Paulo está mais perto de conquistar mais coisas”.