Daniel Marcos relembra início no rival e rápida evolução na chegada ao Corinthians | OneFootball

No início de janeiro, o então lateral-direito Daniel Marcos surpreendeu ao anunciar sua aposentadoria precoce dos gramados, aos 23 anos de idade. Após um início promissor na base do Corinthians, seguidas lesões prejudicaram sua evolução, e as dores encerraram o sonho de seguir carreira. Em entrevista exclusiva à Central do Timão, o ex-atleta falou um pouco sobre diversos assuntos sobre sua história no Parque São Jorge.

Observando o gramado da Neo Química Arena do deck do Camarote Fiel Torcedor, onde ocorreu o bate-papo, Daniel Marcos relembrou sua primeira experiência no estádio, ainda como atleta da base. “Foi um gol perdido meu aqui na ponta dessa área (risos). Com 16 anos, eu no Sub-20, consegui dar uma arrancada, aí eu peguei na ponta da área ali, chutei na rede pelo lado de fora. Foi um lance bom, mas tinha que ter feito um gol”, disse.

Foto: Reprodução/YouTube

Início no rival

Mas seu início no futebol não foi no Parque São Jorge. Os primeiros passos de Daniel Marcos aconteceram, por ironia do destino, no maior rival do Corinthians: o Palmeiras. Uma decisão motivada, sobretudo, pela distância entre sua casa na época e o local de treinamento da equipe.

“Chegou uma época que eu estava tão bem na várzea, que eu poderia escolher entre o São Paulo, o Palmeiras e o Corinthians. Eu sou corinthiano, meu pai é palmeirense, então a gente escolheu o que era mais próximo de casa, né? O meu pai que ia me levar, e a gente não tinha tantas condições pra ele me levar até o Parque São Jorge. Aí, dali do Peri, da Cachoeirinha até a Barra Funda é mais próximo. A gente escolheu ir para o mais próximo, aí fiquei lá dos 12 anos até os 18.”

O “peneirão”

Foi quando uma pessoa, que atuava como uma espécie de empresário informal para Daniel Marcos, tentou levá-lo para o Atlético-MG. O ex-jogador, porém, preferiu tentar a sorte no time de coração. Mas para chegar lá, teria que passar pela difícil seleção realizada pelo Timão, dada a alta procura por jovens para ganhar uma oportunidade na base alvinegra.

“A peneira era com 150 (meninos), eu lembro como se fosse hoje, aí foi cortando né? De 150 foi pra 100, de 100 pra 50, até os 25. Aí com os 25 (jogadores), fez o amistoso contra a base. O treinador do Sub-17, que era o Marcos Soares, eu tinha desclassificado ele no Sub-15. Então quando ele me viu assim no ‘peneirão’, ele falou, cara, o que esse moleque tá fazendo aqui? Com um tempo (de amistoso) ele já me trouxe, já me aprovou. Aí de janeiro pra março, já vou pro (Dyego) Coelho direto pro Sub-20, nem fico no Sub-17.”

Daniel Marcos revelou que o diferencial para sua ida ao Sub-20 de forma precoce foi um amistoso entre o Corinthians Sub-17 e uma Seleção Brasileira de base. “Dou uma assistência, o Coelho fica sabendo e já me resgata. Fiquei duas semanas no Sub-17 só”, relembrou.

A estreia no profissional

Ele também relembrou sua primeira experiência no profissional do Corinthians, que aconteceu em um amistoso contra o Vila Nova em julho de 2019, disputado no Estádio Serra Dourada e vencido pelo Timão por 2 x 1. Daniel Marcos iniciou o jogo no banco de reservas e jogo todo o segundo tempo.

“Foi um amistoso que, se fosse hoje, com certeza, eu acho que eu não teria voltado mais. É que o elenco, na época, estava passando por muita dificuldade, né? Quem chega hoje, dos meninos que chegam pra jogar, encontra um terreno muito mais pronto. Na minha época, eu lembro, o time era eu, o Manoel, o Henrique, o Carlos Augusto, subindo ainda pro profissional. Aí o Ralf foi para o banco… jogou o Gabriel, o Régis, o Janderson. Lá no Serra Dourada, arquibancada longe pra caramba (risos), eu falei ‘mano, o que eu tô fazendo aqui? Olha onde tá a torcida’.”

A ida de Daniel Marcos para este jogo o pegou de surpresa, pois foi avisada em cima da hora pela comissão técnica. Ele relembrou como aconteceu: “Acabou o treino do Sub-20 e já me mandaram mensagem que no dia seguinte eu ia viajar. Então eu treinei de manhã e à tarde com o profissional e viajei para estrear (no profissional) à noite, já contra o Vila Nova. Foi tudo muito rápido, mandaram eu ir ao Parque Ecológico e eu sem chinelo, sem escova de dente… se não é o Ralf pra me ajudar, eu tava lá porco até hoje (risos)!”

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A Central do Timão publicará outras matérias com mais trechos da entrevista exclusiva com Daniel Marcos, que pode ser assistida na íntegra no vídeo abaixo:

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