Quando <i>90 minutos no Bernabéu</i> foram muito longos... para o Real Madrid | OneFootball

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·16 April 2025

Quando <i>90 minutos no Bernabéu</i> foram muito longos... para o Real Madrid

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Que aula, caro leitor! O todo-poderoso Real Madrid caiu na Liga dos Campeões. Caiu com estrondo. 3-0 em Londres e 1-2 em Madrid, numa lição de como defender, atacar e dominar. Mérito para o Arsenal e para Arteta. Os gunners estão nas meias-finais.

Independentemente do desfecho, o guião estava escrito e prometia há uma semana. De um lado, após chocar o mundo do futebol, a hipótese do David continuar em prova - terceira meia-final da história na competição - após passar pelo jardim do Golias. Do outro, uma oportunidade perfeita para provar que, de facto, «90 minutos no Bernabéu são muito longos».


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Canhões não tremem

Assim sendo, o Real Madrid entrou no jogo a querer dar força à mítica declaração de Juanito, acima proferida. Os homens vestidos de branco disputaram cada lance inicial como se fosse o último e colocaram a bola no fundo das redes ainda antes da primeira meia dúzia de minutos: Mbappé, com o peito, encostou para o golo, que foi prontamente anulado por fora de jogo.

O Arsenal, para mentalmente não cair no fosso - face ao ambiente hostil e à boa entrada adversária - teria de responder e foi exatamente isso que fez, pelos pés de Saka.

Em sociedade com Odegaard, criou problemas: ameaçou com o pé direito, quase marcou com o esquerdo e à terceira parecia ser de vez. Asencio foi infantil e puxou Merino ostensivamente na área, na sequência de um canto. O jovem inglês, que havia falhado uma grande penalidade decisiva, na final do EURO 2020, voltou a falhar: displicente, deixou Courtois adivinhar o lado e defender.

Novo balão de esperança para os merengues, que atirou a equipa para a frente. Contudo - e apesar de ter sido assinalada uma grande penalidade para o Real Madrid, posteriormente anulada pelo VAR -, incapazes de criar grande perigo, os homens de Ancelotti não fizeram grandes cócegas à melhor defesa da Premier League.

O conforto defensivo não tirou o foco nem retirou a ambição dos gunners, que continuaram a olhar para a baliza de Courtois. O modo de lá chegar? Bolas paradas. Com livres e cantos, o Arsenal, com o decorrer do tempo, conseguiu afastar o adversário da própria área e aproximou-o à contrária.

Facilitar... e matar

Em desvantagem e a ter de fazer pela vida, o Real terminou a primeira parte e começou a segunda perto do balcão da área inglesa, sempre incapaz de converter a posição adiantada em perigo. O primeiro remate enquadrado comprava a desinspiração total de Mbappé, Vini, Rodrygo e Bellingham: só surgiu ao minuto 55 e foi presa fácil para Raya.

Perdoou na frente... e facilitou atrás. Sem posse, o Real Madrid foi ineficiente e concedeu muitos espaços aos londrinos, que, a certo ponto, aproveitaram. Belo lance coletivo, a começar na esquerda e a acabar na direita, a começar com Saka e a acabar... com Saka! Picadinha perfeita sobre o gigante belga. Eliminatória praticamente sentenciada ao minuto 65.

Se Los Blancos facilitaram enquanto coletivo no lance do golo gunner, dois minutos depois, um facilitismo individual equilibrou o marcador. Com Raya adiantado para ajudar na construção, Saliba ficou a dormir e não viu o rápido Vini, que, depois de recuperar a bola, só teve de a atirar para as redes desprotegidas.

Estádio ao rubro e duelo empatado. O golo podia incendiar a eliminatória, mas não passou de fogo de vista. Sem erros individuais, os madridistas voltaram a não conseguir criar perigo e os homens de Arteta regressaram às suas quintas: defender bem e sair com perigo para o ataque. Assim caminhou o jogo, que não terminou sem antes haver uma surpresa.

Merino voltou a fazer de assistente e serviu Martinelli. O brasileiro correu meio-campo e desviou de Courtois. Último ponto do sumário lecionado. O Arsenal está nas meias-finais da Liga dos Campeões, onde vai defrontar o PSG.

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