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·19 April 2025

Sobrevoar o castelo sem turbulência

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Em Guimarães, o Benfica mostrou que o empate com o Arouca foi apenas um erro no percurso. As águias venceram (e convenceram) no reduto do Vitória SC (0-3) e voltam a igualar o Sporting na liderança do campeonato.

O Vitória SC até começou melhor mas o cinismo encarnado transformou o jogo. Pavlidis marcou na primeira parte, Carreras e novamente o grego fecharam as contas no segundo tempo, numa partida onde brilhou Trubin. O ucraniano travou tudo o que os Conquistadores criaram e colocou trancas à porta numa casa em que a tarefa costuma ser complicada,.


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Uns erram, outros aproveitam

A fechar a jornada, eis o jogo da mesma. Numa espécie de repetição do duelo da temporada passada, Guimarães recebeu os encarnados com uma intempérie gigante, proporcional à importância da partida para as duas equipas. O Benfica com a necessidade de vencer para se colar ao Sporting no topo da tabela, o Vitória SC para descolar do Santa Clara no quinto lugar.

Desde que Gustavo Correia apitou para o início da partida foi o Vitória SC quem demonstrou mais vontade de ir à procura do golo. Mais pressionantes, os Conquistadores tiveram tudo para fazer golo logo no segundo minuto, mas Telmo Arcanjo desperdiçou diante Trubin.

A pressão alta e intensa deixou o Benfica desconfortável no jogo. Os encarnados somaram erros na construção e o Vitória SC foi aproveitando para lançar Gustavo Silva na profundidade e ligar com Nélson Oliveira em apoio. Porém, contra uma equipa do nível das águias, meio erro pode dar em golo... e foi exatamente o que aconteceu.

Saída curta desde trás perante a pressão adversária, Telmo Arcanjo desligou o chip por um segundo, a bola entrou com facilidade em Pavlidis e o resto é história. A qualidade individual do grego e da dupla turca Kokcu e Akturkoglu ditaram o primeiro golo do encontro. Muito mérito do Benfica no contornar da pressão vitoriana.

O Vitória SC sentiu claramente o golo e os minutos que se seguiram foram de muita tremideira. Pavlidis bisou - em fora de jogo, anulado pelo VAR - e o Benfica começou a ter um ascendente maior na partida.

Passada a tempestade - metereológica e do golo sofrido - os Conquistadores organizaram as tropas e foram novamente para cima da equipa de Bruno Lage. Trubin negou o golo a Relvas com uma excelente defesa e, até ao intervalo, foi a equipa da casa a chegar mais perto de zonas de finalização e a criar perigo. Jogo bom e aberto.

Uma lição de cinismo

Luís Freire operou uma mudança para a segunda parte, trocando de avançados com a entrada de Chucho Ramírez - um avançado por um perfil mais de área, para ser referência no jogo ofensivo.

Com uma atitude em tudo idêntica à do primeiro tempo, os homens do Berço da Nação entraram para fazer mossa e Gustavo Silva ficou perto de empatar a partida, mas não teve o discernimento necessário no ataque ao bom cruzamento de Miguel Maga.

Este tónico continuou bem presente à medida que o cronómetro foi avançando: um Vitória SC com fome de golo, um Benfica a tentar gerir a vantagem mínima. Nuno Santos entrou na turma vimaranense e foi mais uma arma perigosa apontada à baliza contrária. De cabeça, por duas ocasiões, o 77 esteve perto do empate.

Perto do último quarto de hora, os Conquistadores começaram a demonstrar sinais de fadiga e foi aí que entrou o lado mais cínico do Benfica. Aos poucos,  equipa de Bruno Lage foi dando mostras de vitalidade e arrumou o jogo aos 78´ minutos. Carreras, qual Porsche, acelerou pela esquerda, deixou Maga a tirar-lhe a matrícula e bombardeou a baliza de Varela. 2-0 e jogo fechado.

Logo depois do segundo encarnado, voltou à carga o Vitória SC. A bola não entrou porque Trubin foi intratável dentro dos postes e, novamente com cinismo de equipa grande, o Benfica chegou ao terceiro. Monumental frango de Varela, que largou a bola para a frente num livre de muito longe e Pavlidis bisou com a baliza escancarada. Resultado pesado para os da casa, mas só contam as que entram...

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