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·20 de abril de 2025

Atlético x Botafogo: coletiva de imprensa com Cuca

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Pergunta: Lá em Santos, você falou que o Atlético precisava reagir para não iniciar uma crise. Queria que você falasse como viu o comportamento da equipe e se hoje o importante era vencer, independentemente do desempenho…

Cuca: “Sim, falei isso lá. Hoje, a vitória era o mais importante, mas ela veio com um bom futebol. Isso é importante. Futebol em tempos diferentes, de entendimento do jogo, contra uma equipe muito boa. Momento nosso é complicado, você está jogando bem, mas perde chances, isso afeta a equipe. Impacta na confiança no time todo, que fica com receio de ser castigado, como aconteceu algumas vezes”.


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“Hoje foi mais um dia de se criar bastante situações de gol, mas um jogo complicado. Primeiro tempo, o adversário teve controle maior do jogo, apesar de a gente ter tido mais chances de gol. Tiveram uma saída de bola melhor, com três jogadores, e nós com dois atacantes – Hulk e Rony – não estávamos dando conta de marcar, e isso estava nos desgastando. Eles têm uma maneira de jogar, infiltram os laterais, difícil de marcar. E em algumas situações, eles tiveram chances de gol. Corrigimos isso no segundo tempo com posicionamento e algumas trocas que a gente fez, tirando a saída de bola do Botafogo”.

“Então, foi outro jogo. Controlamos bem, fizemos o gol, teve a expulsão, e o controle do jogo foi maior. Lógico que fica aquele medinho, de tomar o gol, estava só 1 a 0. Nosso momento não era o ideal. Mas o jogador vai se precavendo, diminuindo o espaço, não sofremos grandes sustos lá atrás, pelo contrário, tivemos controle, fomos uma equipe madura e vencemos, que era o mais importante para hoje”.

Pergunta: Você falou do medinho de levar gol com um jogador a mais. Foi o que aconteceu lá na final da Libertadores… Mas o Atlético controlou bem. Como foi a conversar após a expulsão?

Cuca: “Você tem o placar já à sua disposição. Quando o Botafogo estava com um jogador a menos, eles mantiveram os dois pontas, e o centroavante, apenas dois no meio, um 4-2-3. Automaticamente, teremos um jogador a mais no meio de campo. Muitas das vezes eles ficaram no mano a mano atrás, para ter o ataque marcando em cima, e nessa tivemos muitas chances de gol, bolas que passaram perto. Foi um jogo controlado, bem entendido dentro de campo pra gente sair com a vitória”.

Pergunta: Queria que você falasse sobre a escalação da equipe com a entrada do Igor Gomes na vaga do Scarpa, e das mudanças que realizou ao longo da partida.

Cuca: “Você está em uma batalha e não pode entrar com todas as armas que tem… E durante essa batalha, você não ter mais armas novas para usar… Se a gente tivesse começado com Scarpa e Menino, a gente teria ganhado o jogo? Ou a utilização deles no segundo tempo, com o entendimento de que poderiam fazer a diferença, seria melhor? Essa foi a estratégia nossa, falei com o Scarpa isso antes de jogo, entendeu bem, aceitou, e foi muito útil para nós nesse momento que ele entrou”.

Pergunta: Você falou sobre a importância de se evitar uma crise hoje. Como você trabalhou o psicológico da equipe para essa partida? Principalmente em não sentir uma pressão maior e sair com o resultado positivo…

Cuca: “Foi feito um trabalho muito forte, apesar do pouco tempo. Eu tive até receio de que teríamos um cansaço maior, porque trabalhamos ontem por uma hora, não é normal. Anteontem, no pós-jogo, foi mais uma hora, firme e forte, e não tinha o que fazer senão arrumar a equipe. Era fundamental vencer hoje, não poderíamos, de jeito nenhum, sair daqui sem a vitória. Nos programamos para isso, com vídeo, na concentração, com mostras do que deveríamos fazer. Não era um jogo comum, tem muita história recente por trás dele. Era um momento que o torcedor merecia esse resultado, pelo mal momento que vivíamos, e pelo acontecido no ano passado também (final da Libertadores)”.

Pergunta: Como você projeta o restante da temporada vendo o Gabriel Menino, por exemplo, entrar tão bem? Usar mais as peças do banco?

Cuca: “Que bom que eles entram bem. Porque isso dá condições para a gente fazer diferente durante o jogo, mudar o sistema, mudar o jogo, como a gente de vez em quando faz. O jogador tem que entender que ele é útil jogando 15, 20, 30 minutos, e pode fazer a diferença. Não é só o 11 que entra jogando que ganha jogo, o banco também. O jogador, hoje, entende que não é só um time titular. Uma intensidade que foi o jogo de hoje, como cobrar deles a mesma intensidade daqui três dias? É natural rodar as peças, como iremos fazer para o próximo jogo, nos prepararmos para sábado contra o Mirassol também. O Mirassol não joga no meio da semana. Vamos viajar contra o Caracas na Venezuela e voltamos para enfrentar o Mirassol. Se você não tiver o jogador descansado para medir força com o adversário, você não passa bem. E isso eu acho que estamos fazendo muito bem”.

Pergunta: Assim como outros jogadores do elenco, você tem o Rubens atuando em várias posições. No início do ano, ele pediu para poder atuar como meia. Mas estamos vendo uma necessidade diferente ao longo da temporada, ele atuou hoje na lateral. Como você enxerga essa utilização do Rubens? E o que você aconselharia ele sobre a melhor posição para ele atuar?

Cuca: “Eu aconselharia ele a ser um coringa. Quando um treinador tem um jogador que atua em duas, três, quatro posições, o cara estará sempre no bolo. Se você tem um cara que joga só em uma função, ele pode nem pegar o banco de reservas. O Rubens é bem utilizado, hoje não foi primeiro volante, que foi o Fausto Vera. Ele saia para o jogo. No primeiro tempo, não tivemos controle do jogo, no segundo sim, mas aí ele estava na lateral. Precisávamos de força defensiva, e ele foi bem. O Botafogo tinha três atacantes com Savarino, Matheus Martins e Igor Gomes, e controlamos bem o jogo”.

Pergunta: Na última coletiva aqui, perguntei o que você faria para fazer a bola entrar. E você disse sobre o escanteio, que era uma grande arma. E você falou das armas utilizadas, com a utilização do Scarpa. O que você acha que é preciso para melhorar lá na frente, fazer mais gols?

Cuca: “Eu acho que essa vitória de hoje te dá uma tranquilidade maior para, na sequência, fazer mais gols. Somos o primeiro em finalização no Brasileiro, e os caras são bons nesse quesito. O que acontece é que sem a confiança ideal, as coisas não saem direito. O Hulk é um ótimo finalizador, o Rony… Temos que ter paciência. Essa vitória de hoje, que veio em um dia de Páscoa, para 25 mil torcedores que a gente oferece essa vitória diretamente, isso dá uma tranquilidade maior. Quem sabe na quarta-feira, em Caracas, a gente estará com o pé bom para fazer mais gols…”

Pergunta: Numa vitória como essa, a gente raramente fala do goleiro, e o Everson foi muito seguro. Mas nem queria falar sobre isso. Nas entrelinhas que você disse, a Sul-Americana seria o momento de rodar o elenco?

Cuca: “É provável que isso ocorra, até pensando em ter os jogadores inteiros para a sequência de jogos. O Scarpa, por exemplo, nem vai viajar. Ele tem o parto da mulher marcado para segunda-feira, e ele ficará para acompanhar. Tem o Hulk, que temos que pensar em cima disso, e outros jogadores que têm desgaste natural. Num jogo como esse, o jogador pode percorrer até 10 km…. É um risco muito grande o jogador ficar a desgaste muscular e se sujeitar a repetir issso, ter uma lesão… É um trabalho conjunto com a fisiologia, para escolhermos os jogadores melhores fisicamente, também….”

Pergunta: No fim do jogo, você chamou o time e fez questão de comemorar com a torcida… É para criar essa química do time com a torcida? E agradecer quem veio e fez barulho no feriado? Vale destacar que o torcedor gritou o jogo inteiro…

Cuca: “Essa torcida é sensacional. Já trabalhei em outros lugares que, em momento como esse, a torcida não vai para apoiar, não. E eles apoiaram o jogo inteiro. O termômetro da gente é quando chegamos ao estádio no ônibus. Quando você chega e a torcida começa a fazer gesto de raça, é porque tá feia a coisa. A torcida do Galo é assim, canta o nome, mas o que ela grita? Eu quero é raça, do time todo. É o que ela queria. E quando acabou, nada mais justo do que agradecer e fazer essa comunhão com o torcedor que, num Domingo de Páscoa, veio ao estádio nos apoiar”.

Fotos: Pedro Souza/Galo

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