Portal dos Dragões
·18 de abril de 2025
Jorge Andrade e o FC Porto de Villas-Boas: “Esta caminhada não se faz em dois dias”

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Jorge Andrade afirmou que “o FC Porto precisa de melhorar, pois a sua imagem não está a ser condizente”. Após a vitória no último jogo contra o Casa Pia, sublinhou que “ganhar é importante, mas os sócios portistas têm expectativas elevadas; não é suficiente vencer, é necessário jogar bem”. Andrade acrescentou que “este é um ano zero para o FC Porto, com uma nova direção e uma nova estratégia, e é necessário ter paciência, pois esta jornada não se constrói em dois dias; a união é essencial”.
Durante o arranque da 42ª edição do Torneio Internacional da Pontinha, que ocorreu esta quinta-feira e contou com um jogo de estrelas com antigas figuras do futebol português, como Boa Morte e Carlos Xavier, o antigo internacional português, que também foi treinador, comentou a “intensa luta” pelo título nacional, referindo que “este ano será o que menos pontos terá para vencer”.
“Estamos a assistir a uma competição em que os líderes estão a perder muitos pontos; o campeão será, provavelmente, um dos que menos pontos conquistou. A emoção será constante até ao fim, mas isso se deve a muitos erros. A questão é quem será o menos mau a vencer”, afirmou, acrescentando: “Apesar de o Sporting e o Benfica terem estado bem em certos momentos da época e terem atingido a liderança, agora é uma questão de detalhes. Ainda há confrontos diretos a ocorrer, é uma questão de esperar até ao fim. Para os adeptos, será uma fonte de nervos, mas para os que observam de fora, é emocionante; a competitividade está em alta”.
Relativamente à polémica em torno da arbitragem, comentou: “Em Portugal, se a arbitragem não fosse questionada, seria um milagre. Portanto, não é uma novidade, mas, desde que se baseie no respeito, não haverá problemas. As equipas devem esforçar-se para atingir os seus objetivos de forma cordial; só o tempo dirá o que vai acontecer”, referiu.
Sobre o Torneio Internacional da Pontinha, o antigo jogador que iniciou a sua carreira na Reboleira e depois brilhou no FC Porto, Deportivo da Corunha e Juventus, recordou: “Participei neste torneio pelo Estrela da Amadora quando era jovem. Foi o meu primeiro contacto com equipas estrangeiras, recordo que joguei contra equipas de Moçambique, Espanha e Itália. Naquela época, o contacto com equipas estrangeiras era escasso, o que foi uma grande alegria”.
Por fim, Jorge Andrade destacou a evolução e a relevância que o torneio adquiriu atualmente. “Hoje, o futebol é mais global, as equipas portuguesas também competem no estrangeiro na Páscoa, mas este torneio tornou-se uma referência e estamos aqui para garantir que as cores do CAC se mantenham bem vivas. Este torneio deve continuar a ser ininterrupto”, concluiu.