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·26 de abril de 2025
Palmeiras: Leila vê machismo em críticas de Dudu e promete levar processo até o fim

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·26 de abril de 2025
Nesta sexta-feira (25 de abril), a ESPN divulgou que Leila Pereira, presidente do Palmeiras, negou o interesse em uma audiência de conciliação com Dudu, atacante do Cruzeiro e ex-Verdão, no processo criminal movido pela mandatária contra o atleta em janeiro deste ano.
Segundo a emissora, a petição, que corre na 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, aponta ‘machismo’ no post feito pelo jogador em seu Instagram contra ela. Para quem não sabe, a publicação deu origem ao processo cível de danos morais, que corre na Justiça de São Paulo, e também à queixa-crime.
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De modo resumido, os advogados de Leila alegam que, se ela não fosse mulher, ele teria tido mais cuidado e parcimônia nas palavras. Em seguida, os representante da dona da Crefisa também citaram a entrevista recente de Dudu na qual ele comentou as críticas feitas por Pedro Lourenço, dono da SAF do Cruzeiro, ao elenco celeste.
Curiosamente, o empresário afirmou que a Raposa ‘errou muito’ nos reforços. Por sua vez, o atacante disse que, como Pedro é proprietário do clube, poderia falar o que quisesse.
“Ele é dono do clube, ele fala e faz o que ele quiser. Ele é dono do clube, a gente não tem que falar nada, não tem que ficar chateado com nada. A gente tem que fazer as coisas acontecerem dentro de campo. Enquanto a gente não fizer, a gente vai ficar escutando dele, de vocês da imprensa. Infelizmente o futebol é desse jeito. Tem que se fechar o grupo, comissão técnica“, falou o jogador.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras (Foto Rovena Rosa – Agência Brasil)
Diante destas circunstâncias, os advogados da presidente do Palmeiras afirmaram que Dudu teve ‘postura bem mais branda e serena’ do que a demonstrada com Leila, no final do ano passado, após sua saída do Verdão.
“O querelado, ao ser entrevistado a respeito do teor das recentes declarações do dono do Cruzeiro (Sr. Pedro Lourenço), nas quais ele disse ter se arrependido de algumas das contratações efetuadas no ano corrente, limitou-se a tratar o assunto com naturalidade, sem qualquer ofensa a quem quer que fosse“, argumentaram.
“Nota-se que, naquela sua entrevista, mesmo após as ácidas críticas tecidas pelo atual dono do Cruzeiro – cujas palavras têm o condão de atingir todo o elenco -, o querelado, curiosamente, teve uma postura bem mais branda e serena do que aquela adotada em face da querelante“, seguiram.
“Essa diferença de tratamento, certamente, tem raízes no machismo e na misoginia, pois, infelizmente, no meio do futebol, tecer ofensas a uma mulher parece ser bem mais fácil do que a um homem“, completaram.
Além disso, ainda de acordo com a ESPN, os representantes de Leila Pereira deixaram claro que não possuem interesse na realização da audiência de conciliação designada e prometeram ir até o fim com o processo.
“(Leila) Entende que não nada irá superar a dor (moral) e o vexame que as ofensas perpetrada pelo querelado lhe causaram (e ainda lhe causam)“, justificaram.
Cabe ressaltar que, na queixa-crime, a empresária pede que Dudu seja punido com as penas previstas no Código Penal Brasileiro por dois crimes contra a honra: injúria (ofender a dignidade e decoro) e difamação (atribuir fato ofensivo à reputação).
Por outro lado, na ação cível a dirigente solicita que o jogador pague R$ 500 mil em danos morais (mais 20% em honorários), sob pena de arcar com multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.
Por fim, em caso de vitória de Leila Pereira, todo o dinheiro deverá ser doado a uma entidade que abriga mulheres em condições de vulnerabilidade, segundo os autos.