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·24 avril 2025

Gerson: Falso 9 refuta críticas e explica falta de gols

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Gerson vem recebendo uma crítica comum dos torcedores do Flamengo. A Nação espera que o Coringa seja mais letal no ataque, marcando mais gols, o que não vem acontecendo.

Mas o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, trouxe o contexto tático para explicar o momento vivido pelo jogador, alegando que "precisamos ser justos nessa discussão".


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Primeiro, ele faz um comparativo com o Gerson do Flamengo de Tite, afirmando ainda que, com Pedro, o contexto do meia é diferente.

"O Flamengo do Tite fazia mais gols que o Flamengo de Filipe Luís. Média de 1,46 gols por partida. Não estou dizendo que o trabalho era melhor. Mas enquanto teve Pedro, a média era melhor. Sem Pedro, baixou para 1,31. É representativo", inicia.

Além disso, Gerson ainda se sai melhor com Filipe Luís, no contexto que avalia o período sem o Camisa 9.

"A diferença entre gols marcados e sofridos do período sem o Pedro, com Filipe Luís, é melhor. O time é mais equilibrado e mais seguro defensivamente. Não é julgamento qualitativo. São pingos nos is", continua.

Victor aponta a boa fase de Gerson com Tite, lembrando que as funções eram diferentes, já que Wesley sequer jogava para buscar associação com o atleta.

"Nessa época, Gerson não vivia esse questionamento. Foi até para a Seleção Brasileira. Aquele time atacava diferente. Primeiro, tinha uma ideia de atacar a partir do entrelinhas. Wesley não era titular, e Varela atacava mais por dentro, deixando o corredor direito mais para o Gerson", lembra.

Gerson afastado da área

No contexto atual, Falso 9 avalia que o jogador acaba ficando mais longe do ataque, justamente pela conexão com Wesley, deixando o corredor para o lateral e minimizando suas chegadas.

"O Gerson é esse cara que flutua mais por dentro, sendo menos aquele meia aberto. Quando a dinâmica acontece pelo outro lado, ele chega ao ataque. Mas não há dúvida de que o Arrascaeta joga, e tem que jogar, mais avançado do que ele. O Gerson tem funções diferentes do que tinha no time do Tite, muito pela entrada do Wesley", explica.

Sem Pedro, o atleta também se sobrecarrega como atleta a manter a posse de bola no campo ofensivo.

"O Gerson passa a não ter mais um jogador determinante na frente com que vá se relacionar, precisando flutuar e ocupar espaços que não são, exatamente, a sua praia. Tem a obrigação de ser o único jogador que segura essa bola no ataque", diz.

O analista traz ainda números do volante, mostrando que ele, inclusive, tem finalizado mais com Filipe Luís e sido até mais incisivo.

"Os números do Gerson melhoraram após a lesão do Pedro. Acabou ocupando um pouco mais desse protagonismo. As participações em gol por jogo aumentaram em 16%. As finalizações, em 56%. As finalizações certas, em 62%. As assistências para finalização aumentaram em 79%. Os toques dentro da área, em 26%. Sim, ele passou a ser mais determinante. Para ter o Gerson jogando aberto, é preciso ter outros jogadores determinantes na escalação", opina.

Coringa se aproxima do gol jogando aberto

No Olympique de Marseille, o Camisa 8 era mais artilheiro, mas isso se dava pelo ataque direto e pelo posicionamento como ponta.

"O Everton Ribeiro também não era determinante em gols, mas sempre foi o craque que foi, desenrolou jogos, como o Gerson também faz para o Flamengo, mas de outra maneira. No Marseille ele era determinante porque jogava pelo lado esquerdo, atacava em linha reta, ia direto ao gol. Agora, ele sai da ponta para dentro, joga perpendicular ao gol. Agora, ele vai olhando para o outro lado. Já fui um grande defensor do uso dele pelo lado esquerdo, mas pela conexão com o Wesley, abandonei essa convicção", indica.

Por fim, ele não isenta o jogador de culpa, opinando que há pontos a melhorar, apesar de sair em defesa pela falta de gols do Coringa.

"Ele precisa ser mais rápido na finalização, precisa usar mais a perna direita. Esses cacoetes, ele adquiriu ao longo de uma carreira aonde foi sempre volante. Sim, eu prefiro ele como volante. Mas não o escalaria assim agora. Talvez no futuro", finaliza. Confira a análise completa abaixo.

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