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·19 avril 2025

Três trancas às portas do inferno

Image de l'article :Três trancas às portas do inferno

As portas do inferno, que se podem depreender, neste caso, como uma possível despromoção, parecem estar, subtilmente, a trancar-se para a Barca do Gil Vicente. Na visita à Choupana, estádio do Nacional, o emblema de Barcelos venceu por 0-3, num duelo onde foi preciso ser matreiro e saber aproveitar as oportunidades. Com este triunfo, os galos ficaram a cinco pontos de diferença para a zona do playoff, onde está o AFS.

Em relação à última jornada, onde os da casa venceram no Bessa e os forasteiros saíram derrotados de Guimarães, as mudanças foram poucas. Apenas César Peixoto se viu forçado a trocar uma peça, devido à ausência de Sandro Cruz, que completou uma série de cartões amarelos. Posto isto, Jonathan Mutombo passou a ser o dono da lateral esquerda.


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Dando uso ao habitual ao 3-4-3, a turma insular optou por pressionar os adversários numa fase embrionária do terreno, condicionando, claramente, a saída de bola curta. Os galos de Barcelos, montados num 4-2-3-1, tinham em Kanya Fujimoto o cérebro da equipa e em Félix Correia a irreverência.

Andrew foi sinónimo de muro

Sem grande emoção, os primeiros 10 minutos ficaram pautados por algum equilíbrio. Nenhuma das partes se havia evidenciado em absoluto, mas o Nacional apresentou o sinal positivo. Aos 13', momento de homenagem a Daniel Guimarães, atleta que representou as cores da equipa caseira e, infelizmente, faleceu em 2024. No passado sábado, completaria o seu 38º aniversário.

Após este belo momento de reconhecimento, chegou o tempo da celebração. Para tristeza os adeptos da casa... o festejo pertenceu aos visitantes. Caro leitor, lembra-se do tal atrevimento que Félix Correia poderia proporcionar? Deu frutos! Numa jogada em que Zé Carlos, após fazer a ala toda, falhou o cruzamento, o avançado português aproveitou a sobra de bola e, de primeira, rematou em volley, concretizando um golo para mais tarde recordar.

Com Luís Esteves na batuta e Djibril Soumaré no equilíbrio, a formação alvinegra, ainda dentro do primeiro tempo, foi à procura do resultado e criou bastantes oportunidades para devolver o empate ao marcador. Andrew foi chamado a intervir por várias vezes e respondeu sempre a alto nível.

O tempo de intervalo, inevitavelmente, acabou por chegar e o Gil Vicente, com mais sorte que juízo, conseguiu guarda a vantagem.

Matreirice deu frutos

No regresso das cabines, a toada manteve-se bastante similar à da primeira parte. O Nacional continuou com fome e seguiu na busca de golos. O Gil Vicente, muito necessitado de pontos, assumiu uma postura mais cautelosa, que, nem por isso, os inibiu de voltar a marcar.

Félix Correia, mais uma envolvido numa jogada de perigo, surgiu num contra-ataque venenoso, entrou na área e, por um infortúnio, perdeu a bola. Ainda assim, bastante voluntarioso, Fujimoto recuperou o esférico em zona nevrálgica, arranjou espaço para rematar à trave, com Pablo Felipe, aos 62', a só precisar de fazer 'o mais fácil'.

De seguida, naturalmente satisfeito com o resultado, César Peixoto consumou alterações a pensar numa maior segurança defensiva. Marvin Elimbi, defesa central, entrou para o lugar de Kanya Fujimoto, juntando-se a Buatu e Rúben Fernandes no eixo defensivo.

Tiago Margarido, com intenções diferentes, também olhou para o banco, de modo a tentar corrigir a situação. Tarde demais. Pouco depois disso, o Gil Vicente, de grande penalidade, curiosamente cometida por um atleta que tinha acabado de entrar, Arvin Appiah, voltaria a marcar. Félix Correia ficou encarregado da conversão e não desperdiçou.

Com a partida já em fase de descontos, o Nacional ainda reduziu por intermédio de Joel Tagueu, mas o camaronês viu o seu golo ser anulado, devido a uma azarada mão na bola.

*por Vítor Hugo Monteiro

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