Jogada10
·18 Maret 2025
MP-RJ cria grupo de combate a manipulação de resultados, racismo e violência no futebol

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·18 Maret 2025
Em busca de achar soluções para problemas que vem acontecendo com frequência no esporte, principalmente no futebol, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), terá uma força especializada para o combate ao racismo nos estádios, à manipulação de resultados no futebol e à violência em eventos esportivos.
Dessa forma, na segunda-feira (17), aconteceu uma primeira reunião do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ), instituído pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira.
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Assim, a criação da GAEDEST tem o objetivo de contribuir para a segurança pública em eventos esportivos, proteger o torcedor e acompanhar as políticas públicas sobre o tema.
“A criação do GAEDEST tem como objetivo promover a integridade dos eventos esportivos e garantir a segurança dos torcedores. O reforço da atuação coletiva e especializada permite uma resposta mais ágil e eficiente em casos complexos. Isso inclui fatos de natureza criminal recentemente observados no esporte, com destaque para casos de manipulação de resultados e crimes de racismo nos estádios, que serão tratados como prioridade”, destacou o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira.
Além disso, o coordenador do grupo, Márcio Almeida, também afirmou que vão dar prioridade na avaliação do retorno de torcidas organizadas aos estádios, a reestruturação do protocolo de Avaliação de Riscos em Estádios de Futebol (AREF), o monitoramento das arquibancadas para identificar casos de racismo e a prevenção e repressão da violência entre torcedores.
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, aproveitou o evento do sorteio da fase de grupos da Sul-Americana e da Libertadores para falar sobre os recentes casos de racismo nas competições organizadas pela entidade, especialmente após a repercussão do caso Luighi, atleta do Palmeiras, em um torneio de base.
“Não posso seguir sem falar de racismo, um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria também de abordar uma questão que nos desafia. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, mas na sociedade. No entanto, afeta o futebol. A Conmebol é sensível a essa realidade. Como poderia não ser? A todo Luighi. Nosso desafio é estar junto daqueles que não são responsáveis por esses atos. A Conmebol aplica sanções e busca promover mudanças. Precisamos entender que o racismo está enraizado na sociedade, e o futebol luta com as ferramentas que tem à disposição. Decidimos convocar autoridades de governo de todos os países membros para que possamos responder de forma simultânea a qualquer manifestação de discriminação e violência”, disse.