Revista Colorada
·10 aprile 2025
Inter de olho: “O futebol brasileiro está sequestrado”: dirigente escreve carta explosiva e revela bastidores sombrios da CBF

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·10 aprile 2025
Uma carta anônima enviada por um dirigente do futebol brasileiro ao jornalista Danilo Lavieri, do UOL Esporte, escancarou o que muitos dentro e fora dos bastidores já suspeitavam:
O sistema de poder que comanda a CBF é conhecido, temido e, acima de tudo, aceito pelos principais atores do futebol nacional.
A mensagem, um verdadeiro desabafo, traz duras críticas à falta de reação dos clubes diante da reportagem da Revista Piauí, que revelou um esquema de articulações políticas para garantir a reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF, além de gastos milionários com políticos, artistas e membros do Judiciário.
O dirigente é direto: “O futebol brasileiro está sob sequestro e os clubes são as vítimas.”
Segundo o relato, ninguém no meio se surpreendeu com as revelações da revista. Ao contrário: o conteúdo apenas confirma o que todos já sabiam — e fingiam não ver.
“Vocês acham que os presidentes de federações não sabiam que o salário deles tinha aumentado? Os clubes não sabem que sem o apoio deles ninguém consegue se candidatar?”, questiona o dirigente.
A carta também revela episódios constrangedores, como viagens luxuosas com acompanhantes bancadas pela CBF, e cita até a presença de sogras de dirigentes nessas ocasiões.
O clima descrito é de conformismo e medo, onde quem ousa discordar sabe que pagará caro.
O dirigente ainda menciona a tentativa de criação de uma liga independente como saída para o sistema atual, mas lamenta: “Quando os clubes começam a se unir para tentar sinalizar com qualquer mudança, brigamos entre nós mesmos.”
No trecho mais impactante, ele sentencia: “Esqueçam. Nada vai mudar.”
A denúncia, mesmo sob anonimato, traz à tona o silêncio cúmplice de muitos e a dificuldade em promover qualquer transformação estrutural.
Em tempos de escândalos, investigações e pressão por mudanças, essa carta pode não ser apenas um grito no escuro — mas também o início de uma cobrança mais firme por um futebol mais transparente, justo e livre.