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·21 de março de 2025
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, divulgou um ofício nesta quinta-feira (20) criticando a postura da Conmebol no combate ao racismo.
No texto, ele apontou que “discorda veementemente” da atuação da entidade sul-americana na questão.
Ednaldo citou o caso envolvendo Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, durante jogo da Libertadores sub-20, e apontou que o protocolo anti-racismo determinado pela Fifa não foi adotado.
Segundo ele, a punição aplicada foi “inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento”, no qual torcedores do Cerro Porteño chamaram os atletas brasileiros de macacos.
O presidente da CBF lembra que chegou a pedir a expulsão do clube paraguaio da competição sub-20, além da identificação do autor do crime.
A Conmebol, no entanto, determinou multa mínima - de 50 mil dólares -, e portões fechados em jogos do Cerro Porteño na Libertadores Sub-20.
"A CBF espera que a Conmebol adote o protocolo anti-racismo global da Fifa em suas competições, Libertadores e Sudamericana, aplicando punições contundentes na eventualidade de novos crimes de racismo acontecerem", afirma o ofício.
O ofício de Ednaldo Rodrigues cita também uma carta assinada pela CBF e pelas outras nove associações nacionais que fazem parte da Conmebol, que foi divulgado mais cedo nesta quinta.
O documento afirma que entidade máxima do futebol sul-americano “está em linha com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes ligas, confederações e Fifa”.
O texto também dizia que todos estão "comprometidos com a luta contra o racismo, a discriminação e qualquer ato de violência".
No entanto, o ofício divulgado nesta noite relata que a assinatura da CBF na carta "foi concebida pela Assessoria do Gabinete da Presidência" e que Ednaldo não tinha conhecimento do conteúdo do texto.
📸 MAURO PIMENTEL - AFP or licensors