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·01 de maio de 2025

Cleber Xavier quer ‘libertar’ Santos de esquemas táticos

Imagem do artigo:Cleber Xavier quer ‘libertar’ Santos de esquemas táticos

Uma das principais críticas da torcida do Santos em cima do trabalho de Pedro Caixinha era a insistência pelo mesmo esquema tático. Foram raras as vezes que o português variou o 4-3-3 do Peixe. Escolhido para assumir o posto de treinador da equipe, Cleber Xavier garantiu que, com ele, será diferente.

Em entrevista coletiva, o novo comandante do Alvinegro Praiano destacou que não tem um esquema favorito. Ele quer trabalhar conforme o adversário.


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“Eu não gosto muito de esquema, gosto do desenho para construir e para defender. É em cima do desenho, em cima da análise do adversário e de como encontraremos espaço para esse jogo ofensivo”, disse.

“Não é o preferido, nem o único (4-3-3). Podemos variar com dois pivôs, meia de flutuação pela direita com o Rollheiser, dois pontas, amplitude na lateral e construção com três. O contexto e o momento vão mostrar o que fazer no jogo. Não é ficar preso ao sistema, é como vamos desenvolver, iniciar e construir. Atacar o último terço. E sempre mudando durante o jogo. Vamos trabalhar o aspecto ofensivo hoje”, completou.

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Pelo histórico, a torcida do Santos costuma cobrar um time sempre ofensivo, marcando muitos gols. Nesta temporada, a média não é muito boa. Com Caixinha, foram 30 gols em 20 jogos. Ou seja, 1,5 tento por embate.

Cleber comentou esse cenário e como transformar o Peixe em uma equipe mais agressiva. Isso, contudo, não acontecerá de forma instantânea. O ex-auxiliar de Tite salientou a importância de colocar os conceitos na prática no dia a dia.

“Futebol é dinâmico, por isso analisamos no pré e no pós-jogo. Tem que jogar às 18h na quinta, viajar e já é outra competição. Não dá para desenvolver sem tempo. Temos tempo rapidamente entre Grêmio e Ceará para colocar alguns conceitos e fazer com que os jogadores entendam e desenvolvam. Tem que ser muito claro. Hora de defender é de defender. Muitos pensam que jogadores ficam liberados de marcar, mas poucos no mundo têm essa liberação. Todos marcam, participam, não dá para abrir mão”, analisou.

“Tem que ser ofensivo, mas às vezes é difícil contra quem defende em linha baixa. Tem que saber ser ofensivo contra essas equipes. Não consegui ver o Inter, mas escutei que o Inter criou imensas oportunidades e ganhou de 1 a 0, mas a realidade não era essa e a bola não entra. E aí se analisa por que a bola não entrou”, completou.

Cleber Xavier ainda teve pouco contato com o elenco. Ele desembarcou na Vila Belmiro na última terça-feira e já estreia nesta quinta, contra o CRB, pela Copa do Brasil. Mesmo com apenas dois treinos, ele já tentou introduzir algumas ideias.

“Estudamos o elenco, tem contexto e momento. Trabalhamos de duas formas, organizando defesa e ataque. Conversei com os jogadores. Gosto de pensar jogo a jogo. Tenho ideia específica para esse jogo. Jogo em casa, de fazer resultado positivo em um mata-mata. Vamos conduzir conforme o resultado de agora”, contou.

“Temos que pressionar por estar em casa. Trabalhamos como atacar, como organizar movimentos ofensivos de uma equipe que estudamos, que está bem na Série B e conheço muito bem o treinador. Vamos organizar conexões em cima do que pensamos para o jogo”, acrescentou.

O novo treinador, aliás, pretende aproveitar bem os Meninos da Vila neste seu ciclo no Santos. Ele tem experiência dirigindo as categorias de base do Grêmio e do Internacional. Para lapidar os jovens santistas, o profissional de 61 anos conta com a ajuda dos atletas mais experientes.

“Eu vim da base, trabalhei oito anos no Inter desde 1988, mais oito no Grêmio. Fazia essa relação base-profissional e foi assim na seleção. Vários clubes têm essa característica, o Santos é muito forte nisso. De 33 jogadores, 13 foram feitos no Santos. Do grupo atual, três ainda são da base e vamos aproximar. É dar confiança, desenvolver em aspectos defensivos e ofensivos, ampliar repertório como atleta. Pedi aos mais experientes que cuidem dos meninos. Jogadores dominam bem a função e podem encostar em quem trabalha nessa função para ajudar a comissão técnica a desenvolver. Vou ver jogos da base, conversar com as comissões técnicas e vamos desenvolver mais”, finalizou.

O Santos recebe o CRB a partir das 18 horas (de Brasília), na Vila Belmiro, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

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