
Gazeta Esportiva.com
·07 de março de 2025
Coordenador da base do Palmeiras ressalta ações nos bastidores após caso de racismo contra Luighi

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·07 de março de 2025
João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras, veio a público nesta sexta-feira explicar a luta do clube nos bastidores após o caso de racismo contra Luighi, atacante do Sub-20 do Verdão. O dirigente revelou que o time paulista pensou em deixar a competição depois do ocorrido.
“Um amigo estava no estádio e tirou fotos da pessoa, está ajudando na identificação do principal infrator. Nós ficamos transtornados, pensamos em sair da competição. Porém, também pensamos que fazendo isso, estaríamos desistindo da luta e dando força aos infratores. Depois, no vestiário, na roda de oração, os meninos disseram que agora estão mais fortes para conquistar o título”, revelou JP Sampaio, em entrevista à ESPN.
Além disso, o profissional explicou as atitudes tomadas pelo Palmeiras após o caso. De acordo com ele, a presidente Leila Pereira está muito incomodada com a situação.
“A diretoria ligou para os familiares do Luighi, que estavam bem chocados. Ligamos também para o Ednaldo (presidente da CBF) que é negro, além do Alejandro (presidente da Conmebol). Nossa presidente está muita revoltada e queremos que os culpados sejam punidos”, disse o coordenador das categorias de base do Palmeiras.
O caso de racismo contra Luighi
Enquanto Figueiredo deixava o campo para ser substituído no duelo entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, o jovem do Verdão passou próximo da arquibancada e viu um torcedor, com criança no colo, fazer gestos imitando um macaco. Na sequência, Luighi, à beira do gramado, também sofreu ofensas racistas e ainda recebeu cusparadas.
Ele tentou alertar o árbitro, que não paralisou a partida. Ao final do jogo, Luighi, chorando, mostrou sua indignação com o caso e cobrou a Conmebol.
“É sério isso? Não vai me perguntar sobre o caso de racismo que fizeram comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso, me fala! O que fizeram comigo foi um crime. Não vai perguntar sobre isso? Vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? A CBF, sei lá… Não ia perguntar sobre isso, né? A gente é formação, estamos aprendendo aqui”, disse em entrevista oficial da Conmebol, transmitida pelo SporTV.
Pouco depois do ocorrido, Luighi foi flagrado chorando no banco de reservas. O árbitro não paralisou a partida pelo ocorrido, apenas parou brevemente para apartar a aglomeração que foi criada entre os jogadores.