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·25 de março de 2025

Hulk comenta momentos difíceis no Porto, racismo sofrido no Zenit e saída da China

Imagem do artigo:Hulk comenta momentos difíceis no Porto, racismo sofrido no Zenit e saída da China

Um dos maiores ídolos da história do Atlético Mineiro, o atacante Hulk, compartilhou uma carta aberta no The Player’s Tribune, falando sobre sua relação com o Galo. O jogador, no entanto, ainda relembrou sua carreira no futebol internacional, passagens por Zenit, Porto e pela China, além da Seleção Brasileira.

Mesmo sendo dedicada ao clube alvinegro, Hulk iniciou a carta falando sobre sua chegada ao futebol português, onde se tornou uma lenda do clube do dragão. O jogador reviveu momentos difíceis no país lusitano, como as ‘gozações’ feitas com seu nome.


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“Desembarquei em Portugal debaixo de gozação. O estádio não era mais das Antas, era o do Dragão agora, mas a atmosfera do clube continuava igual. E eu também: um total desconhecido com nome de super-herói. Lembro que os jornalistas perguntavam: “Agora que chegou o Hulk, quando vem o Homem-Aranha? E o Batman foi contratado também?”. Aquilo me magoava, mas o que eu podia fazer? Bom, no primeiro treino, fiz uma coisa. Estavam Quaresma, Lucho González, Bruno Alves, Cristian Rodríguez e todos os caras. Recebi uma bola na intermediária, avancei um pouco e dei: TUM! Aquela pancada de esquerda no ângulo. Foi um silêncio total. E o resto vocês sabem…”.

O jogador relembrou também sua passagem pelo Zenit, onde foi alvo de racismo no futebol russo, e comentou o triste episódio sofrido.

“Fui para o Zenit, da Rússia, e quis ir embora logo no primeiro ano. Muita ciumeira da parte de alguns jogadores mais velhos do time e muito racismo dos torcedores adversários. Teve até bomba falsa com um bilhete “Fora Hulk” deixada no CT. Superei essas dificuldades iniciais, acabei ficando quatro temporadas, conquistei títulos e vivi muito bem na Rússia. Até que veio o boom do futebol chinês, e a proposta do Shanghai não tinha como recusar. Nem eu, nem o presidente do Zenit. Foi o melhor contrato da minha vida”.

Por fim, Hulk comentou a saída do futebol chinês, onde deixou o país para assinar com o Galo em 2020.

“Não sabia o que esperar da China, mas eu não me decepcionei. O país é sensacional, seguro, muito tecnológico, pessoas cordiais, e o futebol, com bons jogadores sul-americanos e europeus, ficou bem competitivo. Eu só não queria que fosse o fim da linha pra mim. Não queria cumprir as cinco temporadas previstas no contrato e, aos 34 anos, encerrar a carreira com aquele vazio no peito que eu sentia desde que tinha deixado o Vitória, 15 anos antes. Aí o Atlético surge na minha jornada”.

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