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·17 de fevereiro de 2025
Nem Crespo, nem Leonardo Jardim evitam campanha vexatória do atual campeão asiático

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·17 de fevereiro de 2025
De campeão da Liga dos Campeões da Ásia a uma eliminação de forma vexatória. O Al Ain protagonizou uma queda retumbante na Champions Elite e se despediu de forma precoce da defesa do título com a pior campanha do lado oeste da competição.
Nesta segunda-feira (17), o Al Ain visitou o Al Shorta, no Iraque, pela última rodada da fase de grupos e conheceu a sua sexta derrota na Liga dos Campeões. Sob o comando do sérvio Vladimir Ivić, o time dos Emirados Árabes perdeu por 2 a 0.
O novo revés fez o Al Ain deixar a competição sem nenhuma vitória. Em oito rodadas, o time árabe somou apenas dois empates contra Al Sadd, do Catar, e Pakhtakor, do Uzbequistão, e se despediu da disputa com a lanterna do Grupo Oeste.
Embora a campanha decepcionante, esta não foi a primeira e nem a única eliminação precoce do Al Ain. Em 20 participações na competição continental, o clube dos Emirados Árabes caiu na fase de grupos em sete oportunidades. Em 2021, o time sequer chegou aos grupos e foi eliminador nos playoffs com uma goleada para o Foolad, do Irã.
Nesta temporada, a participação relâmpago causou decepção ainda maior pela expectativa da defesa do título. Atual campeão asiático, o Al Ain trocou três vezes de técnico e viu também o título do campeonato nacional se distanciar.
Após a conquista da Liga dos Campeões da Ásia, Hernán Crespo ganhou moral no comando do time árabe, mas viu a sua tranquilidade desmoronar em pouco tempo.
O técnico argentino convenceu a diretoria a segurar os principais nomes do título continental e ainda apostou alto em jovens reforços sul-americanos. Chegaram Matías Segovia, do Botafogo, Gino Infantino, da Fiorentina, Mateo Sanabria, do Lanús, além do experiente Fábio Cardoso.
Crespo recebeu os reforços que pediu, mas não conseguiu fazer o esquema funcionar e mais uma vez decepcionou. O argentino repetiu as suas trajetórias no futebol sul-americano e árabe e somou mais um trabalho de vida curta.
Para a vaga do ex-atacante, o Al Ain apostou em Leonardo Jardim. O português reconhecido pelo seu trabalho no Monaco, passou por Al Hilal, na Arábia Saudita, Al Ahli, nos Emirados Árabes, e Al Rayyan, no Catar, antes de chegar ao Al Ain.
Com três trabalhos em três anos no futebol árabe, Leonardo Jardim ensaiou uma recuperação na nova casa e não conseguiu dar sequência à remontada na temporada. Além de continuar a série sem vitórias na Champions Elite, o português amargou uma eliminação na taça nacional e se despediu com apenas uma vitória nos seus últimos oito jogos.
Em baixa no Al Ain e com a proposta do Cruzeiro, Leonardo Jardim conseguiu um acordo de rescisão com o clube árabe e rumou ao futebol brasileiro após menos de três meses de trabalho nos Emirados Árabes.
A nova alternativa do Al Ain para salvar a temporada foi o sérvio Vladimir Ivić. Ex-técnico do Krasnodar, da Rússia, e do Watford, da Inglaterra, o treinador de 47 anos chegou ao clube com a esperança de remobilizar a equipe no ano de disputa do Super Mundial.
Pelo caminho, o Al Ain tem apenas o campeonato nacional para disputar. Doze pontos atrás do Al Ahli, o clube ainda tenta uma reviravolta, faltando dez rodadas para o fim da competição.