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·31 de março de 2025
Podstawski recorda <i>praxe</i> no FC Porto: «Bem tentei fugir ao tanque de água gelada...»

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·31 de março de 2025
O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos ao qual o zerozero se uniu. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer também a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.
Atualmente sem clube, Tomás Podstawski conta com uma passagem de respeito pelo FC Porto, clube no qual foi capitão em praticamente todos os escalões de formação. À margem da entrevista sobre as aventuras do médio-defensivo no estrangeiro, os anos que este passou nos azuis e brancos também foram tema de conversa.
«Estive nove anos no FC Porto e aprendizagem e o conhecimento, aliados também à Seleção Nacional, foram imensos. Noto que essas bases são transportadas para todos os contextos desportivos e profissionais em que estive noutros países, tenho noção da qualidade da formação que tive, não só a nível de infraestruturas, mas também de treinadores e acompanhamento. Senti sempre uma grande vantagem nas minhas experiências técnico-táticas e partilhei balneário com colegas que estão na Seleção A. Fico contente por ter feito parte da história da formação de um clube como o FC Porto, isto sem esquecer que também passei pelo Boavista». começou por referir o jogador, que recordou ainda as chamadas aos treinos da equipa principal.
«Consegui treinar com quase todos os treinadores quando estive no FC Porto. Na primeira vez que treinei com a equipa A tinha 15 anos e foi com o atual presidente Villas-Boas. Foi em 2010, no treino aberto no Estádio do Dragão, e estava lá com jogadores como Falcão, Hulk, Guarín... Sendo miúdo, claro que me atiraram água fria e colocaram-me no tanque de água gelada; eu queixava-me e tentei fugir, mas não dava [risos]. Claro que deu para aprender muito com jogadores como o Lucho, o Moutinho, o Varela, o Helton... Ainda consegui estar com o Iker Casillas, portanto são aprendizagens que levo para sempre.»
Perante tudo o que foi descrito, fica a questão: não há um certo amargo de boca por nunca se ter estreado pela equipa principal?
«Cheguei a ser convocado, mas fiquei sempre no banco. Foi pena a oportunidade não ter surgido, mas estamos a falar de plantéis do FC Porto que eram extremamente fortes, que conquistavam títulos e com jogadores internacionais. O ritmo de jogo e a capacidade física deles eram enormes e foi difícil para mim integrar. Na minha posição havia o Fernando, o Casemiro, o Lucho, o Moutinho... Estavam numa forma fantástica e não era fácil treinar de uma forma regular na primeira equipa. É preciso tempo e estar lá durante alguns meses para se ficar tranquilo no balneário», rematou Tomás Podstawski, agora com 30 anos.
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