Jogada10
·17 de março de 2025
Roberto Assaf: Flamengo bicampeão. Sem chance para os resmungões

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·17 de março de 2025
Um 0 a 0 sofrido para o Flamengo. Mas suficiente. O que há de melhor, para o Rubro-Negro, é o título, ampliando a hegemonia estadual sobre o Fluminense. E o que há de pior, para os rivais, é não ter como questionar a conquista, levando-se em conta que a arbitragem conseguiu anular dois gols. Não terão como resmungar. Ou dizer que o Flamengo – como sempre fazem – ganhou roubado. Mas haverá, sem dúvida, gente afirmando que o Estadual não vale nada. Pois vale muito, com o nome de Zico, que entregou a taça, então, é ouro em pó.
Para ressaltar: quando se quer dizer da dificuldade do Flamengo em jogar, o que é freqüente, o que se faz é uma referência direta ao time de Jorge Jesus, mais eficiente e absolutamente decisivo. Não há comparação. O Flamengo do português teria matado este confronto no duelo inicial. Há de melhorar muito para o que vem pela frente. Precisa ser letal.
É fácil resumir o primeiro tempo. O Flamengo passou a etapa inteira no campo do Fluminense, cercando todas as saídas do adversário, o que na prática de nada adiantou, pois desperdiçou três oportunidades inacreditáveis, e manteve o suspense para a etapa derradeira. O Flamengo apanhou da mediocridade de seus dois atacantes, Luiz Araújo e Plata, o que não teria ocorrido com os craques ausentes, Bruno Henrique e Pedro.
Em jogo de tabela, Otávio, ao atingir deslealmente La Cruz, aos 40 minutos, teria sido expulso, se não no campo, mas pelo VAR.
A maior tarefa, no intervalo, pertencia a Mano Menezes, pois seja lá o que planejou, não deu certo. A Filipe Luís, bastava implorar aos seus atletas. “Não percam mais gols, pelo amor que vocês têm a seus filhos”. Pois o treinador tricolor fez o que devia. Trocou jogadores amarelados – Otávio e Lima – por outros dois – Hércules e Riquelme Felipe – mais técnicos e ofensivos. Sobre o comandante rubro-negro, só o resto da partida poderia mostrar se a súplica seria atendida.
O problema do Flamengo é que o adversário também quer – e precisa – marcar, o que em clássico, notadamente em Fla-Flu, não importa quem está melhor, é sempre previsível. A propósito, o que se percebe é que o Tricolor está mais ligado, e que a linha de frente do time da Gávea não funciona. Aos 16 minutos, Cano desperdiçou bela chance, cabeceando mal, após cruzamento de Renê. Aos 20, Luiz Araújo, enfim, foi embora. Entrou Michael.
E o Fluminense resolveu arriscar de vez, como deveria, lançando Everaldo e Keno nas vagas de Cano e Canobbio. A partida ficou equilibrada, e completamente aberta, e daí, sem perspectiva de definição. Aos 42, Juninho e Ignácio se enroscaram, e a arbitragem interpretou como falta, anulando gol de Plata, e nos acréscimos, apontaram impedimento de Wesley, tirando outro, de Arrascaeta. Nos chutões, o jogo acabou. E os tricolores foram reclamar com o juiz. De quê?