Papo na Colina
·18 de abril de 2025
SAF do Vasco será comprada pelo prefeito de Maricá?

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·18 de abril de 2025
Em uma declaração surpreendente, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, revelou a intenção de usar recursos do fundo soberano da cidade para investir na SAF do Vasco da Gama. A proposta foi apresentada durante sua participação no programa Jogo do Poder RJ, da Rede CNT.
A ideia faz parte de um plano estratégico de desenvolvimento baseado na economia criativa, que busca impulsionar Maricá como referência cultural e turística no Brasil e no mundo. Segundo Quaquá, o fundo soberano da cidade, criado com receitas oriundas da exploração de royalties do petróleo, já soma cerca de R$ 3 bilhões.
Aposta no futebol como motor de desenvolvimento
Quaquá afirmou que pretende destinar R$ 1 bilhão por ano para projetos que tragam retorno econômico e social. O aporte na SAF do Vasco, ainda em fase de estudo, será avaliado com apoio técnico da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo ele, a proposta não é meramente esportiva, mas uma estratégia de marketing territorial e cultural.
– Quando se fala no Rio de Janeiro, eu quero que falem também de Maricá, declarou o prefeito, ao defender a associação da imagem da cidade a um clube com alcance nacional e internacional.
Entre os projetos paralelos, Quaquá destacou a criação do empreendimento “Hotel Samba, Futebol e Caipirinha”, voltado para turismo, cultura e identidade brasileira — elementos que reforçariam o elo entre Maricá e o Vasco.
Foto: Reprodução
“Investir no Vasco é economia criativa”, diz Quaquá
O prefeito defendeu o investimento como alternativa mais eficiente que deixar recursos parados em bancos:
– Investir no Vasco é economia criativa, investimento que tem retorno rápido. Melhor que deixar parado no banco gerando lucro pra banqueiro, afirmou.
Segundo ele, o projeto abre espaço para geração de empregos, qualificação de mão de obra e atração de turistas e investidores. A proposta está sendo planejada com base em estudos de retorno financeiro e social, e não apenas como um patrocínio esportivo.
Negociação ainda está em fase preliminar
A possível entrada de Maricá como acionista da SAF vascaína ainda está em análise, sem qualquer proposta formalizada ao clube. No entanto, o movimento chama atenção em meio às recentes turbulências políticas e administrativas na 777 Partners, atual controladora da Vasco SAF.
Nos bastidores, o discurso de Quaquá levanta questionamentos sobre os limites entre o poder público e a gestão privada no futebol, além de reacender o debate sobre o papel de investimentos estatais em clubes tradicionalmente populares.
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